Procurado pela Interpol
A polícia da província de Osaka anunciou na quinta-feira (8) que Anderson Robson Barbosa, (33), que fugiu do Japão para o Brasil, está sendo procurado internacionalmente pelo assassinato de sua esposa Manami Aramaki, de 29 anos, e de sua filha Lily, de 3 anos.
Duas semanas se passaram desde que a mãe e a criança foram encontradas brutalmente esfaqueadas até a morte. Foi noticiado na mídia brasileira que Anderson pretende se apresentar à polícia local, mas observadores apontaram que pode levar algum tempo para desvendar a verdade sobre o incidente.
De acordo com a mídia local, acredita-se que o suspeito esteja hospedado em algum lugar nos arredores de Londrina, no estado do Paraná, desde que retornou ao seu país. Seu advogado indicou que ele deve se apresentar à polícia em um futuro próximo e dar seu próprio relato do que aconteceu. Embora tenha admitido o envolvimento no assassinato de sua esposa, ele foi citado dizendo que foi sua esposa quem matou sua filha.
Depois de procurar Anderson por meio da Interpol, a Polícia da Prefeitura de Osaka planeja solicitar assistência das autoridades brasileiras na investigação. Como país membro da Interpol, espera-se que o Brasil detenha o suspeito pelo crime, mas Norio Tsujimoto, professor da Universidade Kindai que está familiarizado com sistemas de direito penal no exterior, disse que a chance de ele ser entregue ao Japão é extremamente baixa.
Atualmente, o Japão concluiu tratados bilaterais de extradição com apenas dois países: os Estados Unidos e a Coreia do Sul. O fato de a Constituição do Brasil proibir a extradição de seus próprios cidadãos também deve afetar as negociações.
Se o Brasil se recusar a entregar Anderson, as autoridades japonesas provavelmente fornecerão registros investigativos para a polícia brasileira e buscarão “punição por procuração”. Este sistema foi introduzido para evitar que as pessoas fujam dos crimes, mas como a punição é deixada para o outro país, os casos podem levar muito tempo para serem resolvidos.
No Japão, se a culpa criminal pelos assassinatos da mãe e da filha fosse reconhecida, a pena de morte poderia ser decretada.