Presidente da Federação de Ginástica defende novo adiamento das olimpíadas
Bruno é contra a realização das olimpíadas este ano, mas não deixa de apoiar os atletas que vão para Tokyo 2020
O presidente da Federação e Ginástica do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ), Bruno Chateaubriand afirmou que é totalmente contra a realização dos jogos olímpicos este ano. O empresário e ex-ginasta disse que as competições colocam em risco a vida dos atletas.
“Meu posicionamento é claro. A gente está em meio a pandemia, uma escalada crescente de casos na Ásia e colocamos em risco toda uma cadeia produtiva esportiva e uma série de pessoas para as competições”, declarou Chateaubriand.
O Japão sede dos jogos olímpicos teve um crescente número de novos casos de infecções que levou o governo a declarar um novo estado de emergência, o terceiro desde que surgiu a pandemia. Mesmo assim, dirigente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e organizadores de Tokyo 2020 afirmam que o novo decreto não afeta as olimpíadas previstas para começar em menos de 100 dias.
Bruno defende um novo adiamento para as competições, já que a pandemia ainda não passou e continua com novas variantes pelo mundo.
“Acho que nesse momento poderia mudar calendário, fazer com que esses jogos fosse postergados, por quê não? Por quê não pode ser ano que vem? Por quê tem que ser este ano?”, questionou .
Apoio aos atletas
Segundo o presidente da FGERJ, o seu posicionamento contrário as olimpíadas não interfere no apoio aos competidores que irão para Tóquio. Ele explica que o sonho de todo atleta são os jogos olímpicos e lembra de que já viu isso sendo realizados nesses momentos.
Bruno citou o exemplo de Diogo Hipólito, que quando caiu 2012, foi o primeiro a incentivar o atleta a não desistir.
“Eu não desestimulo. Eu falo para que eles continuem treinando se motivando, isso não só com atletas de alto rendimento, mas com atletas novinhos também”, afirmou.
Bruno explica que, em meio a pandemia a FGERJ feito muitas ações de estímulos, via zoom. Assim, os atletas podem fazer suas atividades de forma seguras e remotas, sendo acompanhados por seus treinados. “Então desestimular atleta jamais”, declarou.
O ex-ginasta ressalta que seu posicionamento é contra os comitês.
“Meu posicionamento é contra o que os comitês estão fazendo. não deveriam estar neste momento avalizando competições deste patamar”, justifica.
Bruno tem usado suas redes sociais para declarar seu posicionamento. Recentemente criticou a decisão do governo brasileiro em vacinar toso os atletas brasileiros para as olimpíadas e paraolimpíadas de Tóquio.
“Me pergunto se isso não seria um tiro no pé? Vivemos em um momento de pensamento na coletividade e um pouco menos na individualidade”, disse Bruno, em trecho postado no fim de semana.