Japão rejeita oferta da China para uso da marca “AINU” para produtos
O Escritório de Patentes do Japão rejeitou um pedido de marca registrada de um indivíduo em Shenzhen, no sul da China, por usar o nome do povo indígena Ainu do Japão, mostraram documentos nesta terça-feira (23).
O pedido de “AINU” foi feito em março de 2020 para produtos como capas de smartphones e mouses de computador, de acordo com documentos divulgados pelo escritório.
A mudança foi criticada pelo povo Ainu, que é indígena de Hokkaido, no norte do Japão, como uma tentativa de comercializar sua cultura.
O escritório rejeitou o pedido com o fundamento de que o nome romanizado seria “facilmente” confundido com o dos indígenas.
“O uso exclusivo da marca é contra os benefícios da sociedade e do público em nosso país e pode prejudicar a ordem pública e os padrões morais”, afirmou.
Estipulando pela primeira vez que os Ainu são indígenas, uma legislação de 2019 protege e promove a cultura Ainu como forma de corrigir a discriminação histórica e as disparidades socioeconômicas.
Em um caso separado, a Administração Nacional de Propriedade Intelectual da China concordou em revogar a marca “Kyoto Uji” que havia sido registrada na China para produtos de chá por empresas chinesas, de acordo com uma cooperativa de chá em Kyoto, oeste do Japão.
A Kyoto Tea Cooperative fez o pedido ao governo em novembro de 2019, argumentando que sua marca de chá “Uji” seria prejudicada.
A agência chinesa tomou a decisão no final de janeiro, segundo a cooperativa.
Fonte: Kyodo