Fuji TV encobriu escândalo e manteve programas no ar
30/1/2025
A Fuji TV reconheceu falhas no tratamento de um escândalo envolvendo Masahiro Nakai, ex-apresentador da emissora. Embora a rede tenha negado envolvimento direto de uma funcionária no incidente, o presidente, Koichi Minato, admitiu que a emissora não cuidou adequadamente da situação.
Após a divulgação de denúncias sobre comportamento sexual impróprio de Nakai e o possível envolvimento de um funcionário da Fuji TV, várias empresas suspenderam seus comerciais. Apesar disso, a emissora continuou exibindo o programa de Nakai, alegando que o fim da atração poderia gerar especulações.
Minato e outros executivos se justificaram dizendo que priorizaram a privacidade da mulher envolvida, que desejava manter o assunto em sigilo. Apenas um número restrito de funcionários foi informado, e a emissora optou por não investigar oficialmente o caso para evitar maiores repercussões. No entanto, o silêncio da empresa gerou críticas, com especialistas questionando a falta de ações imediatas para resolver a situação.
A crise levou à renúncia de Minato e do presidente da Fuji TV, Shuji Kano. Minato assumiu total responsabilidade, reconhecendo falhas na governança da emissora. Também surgiram questionamentos sobre a influência de Hisashi Hieda, ex-presidente da Fuji TV, que ainda possui forte poder na nomeação de diretores.
A empresa aguarda um relatório final de um comitê externo, previsto para março, que poderá resultar em mais renúncias de executivos.