Falha geológica pode causar mais terremotos
03/01/2024
Desde segunda-feira (1º) à noite, a província de Ishikawa tem sido abalada por uma série de terremotos cujos epicentros se estendem por aproximadamente 130 quilômetros. Os tremores costumavam ocorrer principalmente ao longo de uma extensão de cerca de 30 quilômetros, de nordeste a sudoeste, na ponta da Península de Noto.
O professor de sismologia na Universidade de Tohoku, Shinji Toda, aponta que uma falha que se estende até ao mar deslocou-se ao longo de cerca de 100 quilômetros, sugerindo que essa extensa ruptura pode ter desencadeado uma série de terremotos na região.
Desde dezembro de 2020, a região de Noto já enfrentou mais de 600 terremotos perceptíveis. Em maio do ano passado, um terremoto poderoso com magnitude de 6,5 e intensidade superior a 6 na escala japonesa atingiu a área.
O mais recente terremoto, ocorrido na segunda-feira com uma magnitude de 7,6, representa o tremor mais forte na região desde que a Agência Meteorológica do Japão (JMA), iniciou seus registros em 1885.
Os especialistas acreditam que a intensa atividade sísmica na região pode ser atribuída principalmente ao movimento subterrâneo de um fluido semelhante à água, facilitando o deslizamento da falha.
Até as 9h de terça-feira (2), um total de 653 terremotos, com intensidade 1 ou superior, abalaram a região nos últimos três anos, incluindo 147 ocorridos na segunda e terça-feira. Não está claro quando os terremotos irão diminuir. A agência informou que as pessoas devem ser cautelosas, mesmo em áreas que sofrem poucos terremotos.