Japão

CNH tipo 2: brasileira conquista carteira após 16 tentativas

4/09/2024

Daniele Tabata, uma taxista brasileira que vive no Japão há 26 anos, conseguiu obter a carteira de motorista tipo 2 após 16 tentativas, um feito significativo que destaca os desafios enfrentados por estrangeiros no país. A conquista de Tabata, que fez o exame escrito repetidamente até passar em janeiro deste ano, ilustra as dificuldades que muitos enfrentam devido às barreiras linguísticas.

Para enfrentar a escassez de motoristas, a Agência Nacional de Polícia do Japão decidiu em dezembro permitir que os exames escritos para a carteira tipo 2 sejam realizados em inglês em três prefeituras, com a opção de 20 idiomas a partir de julho. Além disso, o governo japonês incluiu a indústria de transporte automobilístico na lista de setores elegíveis para o estatuto de “Trabalhador Qualificado Específico Nº 1”, ao lado das indústrias ferroviária, florestal e madeireira. Essa medida visa aliviar a pressão sobre o setor logístico, especialmente com as novas regulamentações que podem reduzir as horas de trabalho dos motoristas.

No entanto, mesmo com essas iniciativas, os desafios persistem. Operadores de táxis e ônibus alertam que, apesar da possibilidade de testes em outros idiomas, a comunicação com clientes e o treinamento contínuo permanecem barreiras significativas. O Diretor Geral da Associação de Ônibus da Prefeitura de Gifu, Osamu Kimura, e o professor Hirokazu Kato, da Universidade de Nagoya, destacam que a adaptação para motoristas estrangeiros exige mais do que apenas a superação do exame escrito.

Com o setor de transporte enfrentando uma diminuição de 30% no número de motoristas devido à pandemia, medidas adicionais serão necessárias para resolver a escassez de mão de obra e garantir a integração eficaz dos trabalhadores estrangeiros.

Fonte/Imagem: Yahoo Japan/Yomiuri Shimbun
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