Tecnologia testada em Londrina é inspirada na que será usada no Japão
A 444 dias da Olimpíada de Tóquio 2020, a equipe da Atos, responsável pelos sistemas de tecnologia dos Jogos Olímpicos, segue com os testes das soluções que serão usadas no Japão. A ação mais recente ocorreu durante a Atos Green Run, ontem (5), em Londrina (PR).
Pela primeira vez, a atividade contou com ferramentas de reconhecimento facial para identificar atletas em tempo real ao longo do percurso. Para isso, foram instaladas, ao longo do trajeto, câmeras com inteligência artificial desenvolvidas para projetos de cidades inteligentes. Além disso, agentes de segurança com óculos de realidade aumentada acompanharam a corrida diretamente na pista.
Atletas que se cadastraram voluntariamente podiam ser reconhecidos pelo sistema: suas imagens eram enviadas ao agente com seu nome e uma ação sugerida. O uso dos óculos de realidade aumentada ajudou a ampliar as possibilidades da solução, pois permitiu que o agente visse as imagens sem usar as mãos e até transmitisse o que via para uma central de segurança.
No fim da corrida, os voluntários que participaram da ação puderam consultar seus desempenhos e saber dados como velocidade média e tempo gasto no percurso. Para isso, as informações foram processadas em uma nuvem híbrida instalada no local.
Segundo Alan Baldo, gerente do programa de inovação da Atos (que é responsável pelo sistema), o projeto foi inspirado na tecnologia que será usada nos Jogos Olímpicos de Tóquio. “Demonstramos, na prática, o uso de inteligência artificial, visão computacional e biometria facial em diferentes aplicações.”
Sem invasão de privacidade
Baldo ressalta, ainda, que tudo é feito de acordo com a General Data Protection Regulation (GDPR). A GDPR determina que as informações que podem ser utilizadas para identificar um indivíduo, como nome, RG ou dados médicos e biométricos, devem ser mantidas protegidas.
Outra preocupação da Atos Green Run deste ano foi a sustentabilidade. Por isso, as inscrições foram 100% online — o que evita resíduos de papel. Além disso, toda a estrutura tecnológica no local foi abastecida por painéis de energia solar.
Fonte: Olhar Digital